“Por que você vai fazer isso?” foi o que um amigo perguntou quando soube que eu estava indo ao cinema assistir a “Somos Tão Jovens”, aquele filme que conta a história do Cazuza, digo, Renato Russo. Naquele momento, eu sabia da resposta, mas agora, depois de ver o filme, não sei mais.
Eu sempre tive curiosidade em saber como Brasília funciona de verdade. Estive lá duas vezes e ainda custo a acreditar que pessoas moram lá, vão ao supermercado, à farmácia, estudam e montam bandas de proeminência nacional. Parecia, a mim, que a cidade monumento eram só carros, prédios com curvas de concreto, gente de terno e equipes de TV. E um céu cenográfico. Depositei minhas esperanças no quão interessante seria ver retratado, embora sob a lente embaçada do cinema oba-oba nacional, o processo de formação de uma banda de rock em Brasília, em pleno regime militar – e, PRINCIPALMENTE, saber se pessoas realmente moram e vivem normalmente lá.
Seria, pois o que vi foram atuações bem ruins, personagens tirados de Malhação e diálogos dignos de George Lucas. A única coisa que talvez me deixasse feliz seria, ao fim dos créditos, ver Hulk, Thor ou Thanos anunciando uma terrível sequência para a história.
Nem isso. Não espere até o final dos créditos.